Blog do Bolinha
O América tem sua história pisoteada pela Hipe, empresa que chegou a Natal com promessas de riquezas e farturas. O projeto era bonito. Já havia otimistas com sonhos de grandes aportes, contratações de peso e sucesso no cenário nacional.
O grande problema é que, na realidade, sobrou ao alvirrubro o mesmo osso que havia sido mastigado por muitos anos, mesmo antes de os gênios investidores aparecerem e fingirem que, assim como Cristovão Colombo, haviam descoberto a América. Já tínhamos fugido do inferno da Série D, sabíamos o que era preciso para não voltar. O que aconteceu?
Não aprendemos com Colombo e nem com Pedro Álvares Cabral. Novamente, demos o ouro e recebemos insignificância em troca. O time foi entregue de presente a uma empresa sem sucesso algum reconhecido no futebol e viveu o segundo fiasco seguido, em dois anos de gestão. O que mais dói é saber que o alvirrubro não precisava virar mártir para provar que nem toda SAF é garantia de sucesso.
No futebol ou em qualquer outro ramo, dinheiro precisa estar acompanhado de conhecimento, coisa que, em dois anos, ficou claro que os poderosos gestores não têm. Foram dois anos de fiascos. Transformaram uma base boa de 2022, em uma espinha torta e com escoliose para 2024.
O custo? Ainda vamos ver o impacto nos cofres. Folha que gira em torno de R$ 900 mil e um futebol que não consegue fazer a bola rolar. O time caríssimo passou vergonha. E não adianta culpar apenas Marcos Ytalo, que foi displicente, ou o juiz, que também foi pavoroso.
E aí vem a culpa também para o torcedor omisso. Por muito menos, outras gestões já estariam decapitadas. Sinto vergonha alheia pelos que silenciaram e tentaram, a todo custo, atacar e ameaçar a imprensa, em especial a 96, que era a única fonte de informações internas, sempre sigilosas da SAF.
Minhas questões agora são direcionadas aos babões:
A culpa era de quem falava a verdade, ou de quem só te mostrava o que era bom e bonito?
O elenco era bom para a Série D?
Se o mata-mata é outro campeonato, por qual motivo o América não melhorou?
A máquina de tratamento revolucionário em solo baiano de Rafinha funcionou?
Valeu a pena tentar atacar e difamar jornalistas que mostraram a verdade?
Vocês só poderiam estar em um surto coletivo, se acreditavam que não precisava de reforços e ainda fortaleceram uma briga entre a SAF e a Associação, que foi ignorada por meses e meses pelos gênios gestores da bola.
A história do América é pisoteada quando um ídolo é impedido de entrar no CT. É chutada quando empresários, que não sabem o peso que é ser América, rebaixam o time de volta para a D e jogam no lixo as esperanças de um acesso. E é esculhambada quando vira chacota, por mais um fiasco da SAF do Fracasso.
