Nunca pensei que a formação de uma geração tão sem personalidade fosse respingar tanto na Seleção Brasileira.
Esse time convocado por Dorival e aclamado por fãs de jogos virtuais não vai nos levar para lugar nenhum. Ela só agrada adoradores de numerologia pura e essa geração que acaba tendo uma idolatria cega por Mbappé, Haaland e Foden, pelo fato de nunca terem visto Ronaldo Fenômeno, Romário ou Ronaldinho Gaúcho em campo.
Enzo ainda vai dizer que o XG do Brasil foi bom e que a média de Paquetá no Sofascore foi a melhor do campeonato.
Me poupem dessas estatísticas ridículas de quem não consegue enxergar o que realmente é o esporte.
A equipe, realmente, não é tão ruim, mas a ausência de um espírito vencedor e de uma liderança verdadeira em campo desanimam.
Eu sei que o futebol que Dorival propõe também é terrível. Nunca o vi com tanto medo de perder. Entretanto, um dos pontos chaves é a falta daquele jogador que chame a responsabilidade e conduza o restante.
Nas penalidades, a expressão já era de derrota. As cobranças foram meras formalidades.
Alisson não passa confiança e os batedores, muito menos. A sensação que mais entristece é a de que já sabíamos que isso iria acontecer. Não foi no tempo normal, mas o jogo foi apenas uma melhora antes da morte.
No momento em que o Uruguai teve um jogador expulso, eu até criei uma chama de esperança. Porém, a postura ainda era de medo, mesmo com superioridade numérica.
De que adiantou levar Ederson e Evanilson, se ambos mal entraram? E Endrick? Colocado em uma fogueira e acabou se saindo mal. Por qual motivo não levou Pedro e Estêvão? Paramos de impor medo e, hoje, somos os medrosos. Deixamos de preocupar as defesas e viramos uma defesa preocupada. E o pior: não quem mais nos copiar, pois agora somos os copiadores.
